O percurso após a experiência televisiva e os dois concertos por cá dominaram uma conversa telefónica na qual o cantor britânico se mostrou ansioso pela estreia em Portugal - e com vontade de visitar alguns estádios de futebol:
SAPO Música (SM): Vai estar em Portugal para o festival MEO Marés Vivas e para um concerto no Coliseu de Lisboa. Vai mudar de alguma forma a set list, uma vez que tocar num festival e num concerto em nome próprio são experiências tão diferentes?
James Arthur (JA): Sim, a set list vai ter algumas diferenças. Vamos tocar as mesmas músicas mas num registo diferente de forma a nos adaptarmos à dinâmica do evento. No festival vamos tentar dar um espetáculo mais animado e rockeiro e no concerto será mais à volta do ambiente, vamos tentar transmitir muita energia. Nesta altura já sabemos o alinhamento de cor, visto que já o tocamos muitas vezes. Nunca estive em Portugal, estou ansioso para ir.
(SM): Qual é a primeira coisa que lhe vem à cabeça quando pensa em Portugal? Tem algum sitio ou monumento que gostaria particularmente de visitar?
(JA): O sol! E as pessoas. Os portugueses parecem muito simpáticos. Para além disso, sou um grande fã de futebol, gostava de visitar Lisboa e Porto e os respetivos estádios.
(SM): Já fez um longo percurso desde a final do "X-Factor". O que mudou mais para si?
(JA): Eu não tinha muita confiança antes de entrar no concurso, era muito pobre e não tinha muito. A forma como a minha vida mudou foi fantástica. O mais especial para mim é sem dúvida a oportunidade de poder cantar para tanta gente. Adoro cantar, ter a possibilidade de poder atuar em grandes palcos em diferentes países dá-me muita confiança.
(SM): Quando era mais novo, o James fez parte de vários grupos. Acha que ainda pode criar uma banda ou juntar-se a uma?
(JA): Sim, adorava formar uma banda! Acho que é mesmo onde eu pertenço, penso que a minha maior qualidade enquanto artista seja mesmo trabalhar com outros músicos.
(SM): Alguma vez pensou em fazer uma música com os outros concorrentes do "X Factor"?
(JA): Sem dúvida, eu fiz muitas amizades com os outros participantes do concurso, principalmente com o Jahmene, admiro-o muito e gostava de trabalhar com ele.
(SM): Já não está a trabalhar com Simon Cowell?
(JA): Não, infelizmente. Não tivemos propriamente a oportunidade de conversar, e ele também não era a pessoa mais adequada para me ensinar. O Simon é uma pessoa muito ocupada.
(SM): Está entusiasmado com a sua digressão deste verão?
(JA): Muitíssimo!
(SM): Com algum concerto em particular? Com o de Portugal?
(JA): Sim, Portugal, definitivamente! [risos]
(SM): Quem é a sua maior inspiração no panorama musical atual?
(JA): A minha maior inspiração… talvez seja o Eminem. As músicas dele são tão diferentes, têm a capacidade de provocar as pessoas. O Eminem consegue pôr o mundo inteiro a falar sobre ele, quer seja bem ou mal. Se alguém tem essa capacidade, então é porque a sua música tem algo de muito especial.
(SM): E está a compor neste momento. Tem na manga algum futuro hit?
(JA): Ultimamente ando a recorrer à guitarra acústica mas músicas como “Impossible” vão surgir naturalmente.
(SM): O James é um artista muito versátil. Rap, acústica, pop...
(JA): Obrigado, isso é um grande elogio para mim. Gosto de diferentes géneros musicais e ter a possibilidade de produzir álbuns com esses diferentes registos é uma bênção.
@Marta Pinto Lobato
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