Ivete é palco, é roda fechada, é coração aberto. Tira o pé do chão, levanta poeira, joga a mão no ar. Ivete faz dançar o público, rodopiar, cantar e saltar… como se o amanhã não existisse. Nada mais importa. Até que falta a respiração. «Eita coisa bonita»!

Sem tempo para recuperar o fôlego, as canções seguem em espiral, os bailarinos dançam freneticamente e a cantora baiana não para.

O alinhamento abre ao som de “Energia de Gostosa”, “Macetando” e “Cria da Ivete”, com o extraordinário poder de prender o público, do primeiro ao último tema.

Ivete é admiração, respeito e amor, num abraço que sustenta a plateia. Centena de palcos depois, com a mesma energia, a mesma vitalidade e a mesma força. Não há como ficar indiferente.

Os temas seguem em catadupa: é “Tempo de Alegria”, “Abalou”, “Festa”, “O verão bateu à minha porta”, “Lugar Perfeito”, …. Assim, sem compassos nem paragens, para manter um ritmo acelerado e um sorriso no rosto. Há cansaços que valem a pena ser dançados.

A cantora agradece, repetidas vezes, a presença e o carinho do público, em discursos carregados de fé, de amor e de respeito.

A celebrar 30 anos de carreira e em semana do seu próprio aniversário não faltam motivos para cantar. Comemorações que aceleram o público, rumo à próxima música, que o tempo escasseia, ainda que pareça ter parado.

créditos: Paulo Soares

Mais de duas horas e meia de um espetáculo gigante, onde a alegria e o ritmo falaram mais alto: nos pés que não param, nas mãos que se agitam, nas palmas que ecoam: tudo é festa. Resta pouco (ou nenhum) espaço para a tristeza ou o embaraço. O público dança desengonçado, canta desafinado, mas com um sentir simples e "naif" que o sonega.

Seguem-se temas como “Alô paixão”, “Beleza Rara”, De Ladinho” e “Eva”, entoados em uníssono, com flashback do tanto que as canções encerram.

Ivete é música, é paz, é canção. Não há como não render-se a este furacão que incendeia a plateia. Diz que amanhã haveremos de pensar nela. Como se engana. Havemos de fazê-lo dias seguidos, de sorriso aberto, pela pura felicidade de um momento mágico.

créditos: Paulo Soares

Ivete é um princípio sem fim, que leva o público a desafinar músicas e a desacertar passos. Porque o que mais importa é o sentimento que nos assoberba, depois de um espetáculo ímpar.

Haveremos de nos lembrar por dias, por semanas, por meses, ao som de “Dançando”, “Flores” e “Levada Louca”. Num alinhamento mais que perfeito, Ivete faz o público sonhar, faz o público viver. Haverá propósito mais bonito?

O espetáculo termina no encore com os temas “Quando a chuva passar”, “Completo” e “Na Base do Beijo”.

Ivete Sangalo segue para Viana do Castelo, esta sexta-feira, dia 23 de maio; Lagoa, dia 24;  e culmina a digressão em Portugal na MEO Arena, em Lisboa no dia 25 de maio.

Alinhamento do concerto:

Energia de Gostosa
Macetando
Cria da Ivete

Tempo de Alegria
Abalou
Sorte Grande
Festa
Acelerae

O Verao Bateu em Minha Porta
Pra Frente
So Love
Lugar Perfeito
Dalila

Tum Tum Tum Tugurungundum
Alô Paixão
Me Abraça
Beleza Rara
De Ladinho
Batucada / Faraó
Obrigado Axe
Deixa Merecer
Eva

Dançando
Galera
Chupa Toda

O Mundo Vai
Empurra
Flores
Levada Louca
Arerê
O Verão Bateu em Minha Porta

Quando a Chuva Passar
Completo
Na Base do Beijo