Toli César Machado, Jorge Romão e Rui Reininho estão nos GNR (Grupo Novo Rock) desde os anos 1980, há mais de trinta anos, e tentam agora adaptar-se ao mercado com este novo álbum.
As dez canções de "Caixa negra" são um regresso aos tempos antigos dos GNR, como Toli César Machado afirmou à Lusa. Produzido por Mário Barreiros, o álbum tem nove originais - como "Cadeira elétrica" e "Triste titan" - e uma versão de "Desnorteado", recuperado do disco "Defeitos especiais", de 1984.
"É um bocadinho voltar ao início, com menos convidados, e retomamos o som dos GNR, aquelas marcas da banda, nas baterias, nas guitarras, um som mais limpo, com menos instrumentos", elencou o músico.
Os GNR já não editam um álbum de originais desde 2010, ano em que publicaram "Retropolitana". Em 2011 lançaram "Voos domésticos", em que revisitavam temas antigos.
Depois disso, decidiram tomar as rédeas da banda e criaram o selo discográfico independente Indiefada, pelo qual sai "Caixa Negra", com distribuição da Sony Music.
"Não estávamos contentes com as coisas como estavam e decidimos avançar. É uma coisa que já outras bandas fazem, isto da edição própria, até porque os discos cada vez se vendem menos. Nós demorámos um bocadinho, mas estamos a adaptar-nos ao mercado", disse o músico.
Para o diretor artístico, compositor e único membro que permanece desde a fundação, os GNR têm de explorar sobretudo a vertente ao vivo - "ainda temos muito gozo em tocar, pelo menos eu tenho" - e as novas formas de escuta e difusão de música, nomeadamente o "streaming" em serviços "online" como Spotify.
Ao vivo, os GNR passam a contar, a partir de "Caixa Negra", com o baterista Samuel Palitos e o teclista Paulo Borges, como músicos convidados. Andy Torrence mantém-se nas guitarras.
@Lusa
Comentários