
A atuação da fadista insere-se nas celebrações do Dia de Portugal, que se comemora na terça-feira, e “o convite foi feito pelo representante permanente de Portugal nas Nações Unidas, embaixador Álvaro Mendonça e Moura, e pelo cônsul de Portugal em Newark”, esclarece em comunicado a promotora.
No domingo, Gisela João atua no New Jersey Art Center, também em Newark, e, na segunda-feira, canta no Elebash Recital Hall, em Nova Iorque, onde em fevereiro passado atuaram o fadista Ricardo Ribeiro e o guitarrista Pedro Jóia.
Gisela João, que este ano editou um novo disco pela revista Blitz, é acompanhada nestes espetáculos por Ricardo Parreira, na guitarra portuguesa, Tiago Oliveira, na viola, e Francisco Gaspar, na viola-baixo.
Em declarações à Lusa, a fadista afirmou que não está a criar muitas expectativas relativamente aos três concertos agendados. “Tenho uma política em relação a concertos que vou fazer - não ficar muito histérica nem criar muitas expectativas, porque não é bom. A única coisa que posso garantir sempre é que vou tentar fazer o meu melhor, eu e a minha equipa. Estamos todos em harmonia, a divertir-nos”, disse à Lusa Gisela João.
“Não há um concerto igual a outro, são todos diferentes, e o público faz muito pelo concerto”, afirmou a fadista que acrescentou: “Espero que corram bem”.
“Recebo mensagens de algumas pessoas de lá, norte-americanos, que vão conhecendo o meu trabalho, através das redes sociais, que são poderosíssimas. Estão já à minha espera e tratam-me como se me conhecessem, e isso é lindo, é mágico”, disse a fadista que o júri do Prémio José Afonso considerou “a melhor voz que já apareceu depois de Amália". “Estou mesmo com vontade de chegar lá e mostrar: é isto que fazemos em Portugal!”, rematou a intérprete de “Sou Tua”.
Natural de Barcelos, Gisela João teve várias experiências musicais antes de encetar pelo fado, tendo-se estreado no restaurante típico Senhor Vinho, em Lisboa, do qual são proprietários a fadista Maria da Fé e o poeta José Luís Gordo.
No ano passado, editou um álbum de fado em nome próprio, produzido por Frederico Pereira, que o júri do Prémio José Afonso considerou o "culminar de toda uma excelente série de discos e novas vozes que têm aparecido no fado na última década".
O disco é composto por temas do repertório de Amália Rodrigues, falecida em 1999, como "Sei finalmente", e de outras intérpretes como Flora Pereira, o tema "Sou tua", ou "Voltaste", gravado por Florência, ao lado de inéditos como "Vieste do fim do mundo".
@Lusa
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