Pela quarta vez, a orquestra está em Portugal e os músicos sentem-se em casa. “As pessoas, o ambiente são naturais como nós”, diz a cantora Omara Portuondo, que até cantou um pouco da música “Uma Casa Portuguesa”, de Amália Rodrigues. O público do Porto já teve oportunidade de ouvir os ritmos cubanos do grupo na quarta-feira.
O grupo conquistou o público mundial depois do documentário de Win Wenders em 1998. Hoje, os membros da Orquestra consideram que o futuro da música tradicional cubana está nas mãos dos músicos mais jovens.
O desaparecimento de alguns elementos carismáticos da banda, como o guitarrista Compay Segundo ou o pianista Ruben González, não põe em causa a Orquestra Buena Vista Social Club que faz parte da história da música e cultura de Cuba.
“O futuro da música tradicional cubana está garantido com jovens que entraram para a orquestra, com jovens que se interessam muito pelas raízes da música tradicional cubana”, explica Jesus Ramos, director musical do grupo.
Omara Portuondo compara a música tradicional cubana com o fado. “Nunca vai acabar, sempre vai haver alguém interessado, como Mariza, que vai manter as raízes desta cultura”, afirma a cantora de 80 anos.
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