“A história do disco é simples. Começou com a ideia de fazer um disco de rock. Já tinha feito um disco em 2006 também com influências de rock e pop”, conta Expeão, o cognome de Rui Pina, ao SAPO Música.
Depois de um intervalo grande de tempo em que esteve envolvido noutros projetos, Expeão começou a compor novas músicas e naturalmente considerou que era a altura de lançar um novo trabalho.
“Desta vez optei por não usar o computador na produção do disco, a não ser para gravar, e usei instrumentos da década de 70 e início da década de 80”, explica. O resultado é um disco “mais maduro” e com um “ambiente analógico”.
Apesar de querer afastar-se da mistura do rock e do rap, Expeão não nega o seu estilo, principalmente em algumas canções do álbum. “Há muitas músicas que escrevi de uma só vez mas depois existem algumas músicas mais pensadas”.
“Tenho no álbum duas ou três poesias que são para ser ouvidas por pessoas que apreciam o rap e apreciam o meu estilo próprio. São letras com metáforas encriptadas em metáforas, um estilo que eu tenho praticado desde 1996”, refere.
O primeiro single do disco, “O teu amor por mim”, “é uma música talvez mais acessível ao público em geral”. “Temos outros singles que vão sair brevemente e que mostram também o lado mais obscuro e mais pesado do disco”, descreve.
Quanto ao trabalho nos Dealema, um dos nomes fortes do hip-hop português, Expeão adiantou ao SAPO Música que o novo álbum deve sair no fim deste ano, “com muitas surpresas e convidados”.
@Alice Barcellos
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