O músico e cantor, em declarações à Lusa, definiu o novo álbum, editado em abril, como “roqueiro, de combate e interventivo”, tendo recuperado alguns temas seus compostos em 1971.

“É um álbum que entra na área da objeção de consciência, mas levada para o rock, e isso é muito o que o [Quarteto] 1111 fez" - quarteto do qual foi fundador em 1967 -, "com dezenas de canções censuradas pelo regime", de ditadura, anterior ao 25 de Abril de 1974, "e uma delas é a ‘Blá!, blá!, blá!’, que agora inclui neste disco”, disse o músico, de 73 anos.

A digressão nacional de José Cid abre no dia 29 de maio, em Miranda do Corvo, no distrito de Coimbra, segundo fonte da sua produtora.

Em junho estão agendadas sete datas: dia 4, em Almodôvar, no Baixo Alentejo, dia 6, em Évora, dia 12, em Reguengos de Monsaraz; no dia 20, Cid e a sua banda atuam na Figueira da Foz e, no dia 23, nas Festas de S. João, no Porto, seguindo para Angra do Heroísmo onde irá apresentar-se nas festas Sanjoaninas.

José Cid encerra o mês, no dia 28, em Alcácer do Sal, no distrito de Setúbal, segundo a mesma fonte.

Das 13 canções que constituem o disco, “De mentirosos está o mundo cheio” é a que José Cid mais gosta, e duas outras, que qualificou como “mais ligeiras”, são “O andar de Marilyn”, uma homenagem à atriz norte-americana que “enlouqueceu” a geração do músico, no filme “Cataratas do Niagara” e, de “cariz autobiográfico”, a que dá título ao álbum, “Menino-prodígio”.

O músico abre o mês de julho, em Monforte, no distrito de Portalegre, onde atua no dia 3, seguindo para Tábua, distrito de Coimbra, onde canta no dia 5.

Da lista de concertos de julho fazem ainda parte atuações em Oliveira do Bairro (Aveiro), no dia 10, nas Festas do Nordeste, na ilha São Miguel; no dia 18, em Idanha-a-Nova, na Beira Baixa; no dia 30 e no dia seguinte, nas Festas Cais das Poças, na ilha das Flores, nos Açores.

À Lusa o músico chamou a atenção, para “um poema brutal de José Régio, ‘Os poetas (Há certos Reis…)’, que é muito interveniente, que tem tudo a ver com atual situação política, não só do país, como global”.

José Cid abre o mês de agosto em Benavente, no Ribatejo, onde canta no dia 2, seguindo para Oleiros, no distrito de Castelo Branco, onde atua no dia 5, e ainda em agosto, o intérprete de “Chuva ácida” atua em Oliveira do Hospital, distrito de Coimbra, no dia 7, e, no dia seguinte, em Grijó, nos arredores de Vila Nova de Gaia.

No dia 14, sobe ao palco do Festival do Marisco, em Olhão, no Algarve, e, um dia depois, atua no Louriçal, nos arredores de Pombal.

As duas últimas atuações em agosto estão previstas para S. Jacinto, nos arredores de Aveiro, e em Baião, nos arredores do Porto, respetivamente nos dias 20 e 23.

Em setembro, José Cid tem duas atuações previstas, em Avintes, no Douro Litoral, no dia 5, e na Feira de S. Mateus, em Viseu, no dia 12.

José Cid, distinguido com vários prémios, entre os quais o de Consagração de Carreira, da Sociedade Portuguesa de Autores, tem vários projetos em perspetiva, como o álbum “Clube dos corações solitários do capitão Cid”, a gravação de um disco de fados e fandangos, e um que se intitulará “Fados e Jazz, coincidências”.

José Cid afirmou à Lusa que não se vai “arrastar em palco”, e garantiu que cantará enquanto “tiver a voz toda”, ao nível do seu critério de exigência.

“Costumo dizer que não se pode correr em Fórmula 1 e acabar em ‘rally paper’”, rematou.

@Lusa