Com 29 anos, Cuca Roseta fala com orgulho do seu primeiro trabalho. Não deixou que nenhum pormenor ficasse por mãos alheias e por isso, explica, os fãs vão encontrar uma Cuca autêntica, adepta da natureza e da simplicidade, que se entregou ao fado.
A fadista explicou, em entrevista ao SAPO Música, que não tem uma história dentro do fado e que o seu contacto com este género musical surgiu-lhe como uma revelação. Aos 18 anos, depois de ter ajudado a fundar os Toranja, dedicou-se a cantar fado. Nunca pensou em fazê-lo de forma profissional para o resto da vida, no entanto isso mudou quando se cruzou com Gustavo Santaolalla.
Santaolalla, produtor argentino, ganhou dois Óscares para melhor banda sonora com os filmes «Babel» e «O Segredo de Brokeback Mountain» e conheceu Cuca num encontro acidental no clube de fado, onde esta actua há seis anos. Depois a de a ouvir, convidou-a para trabalhar com ele.
Um encontro feliz que culminou no álbum de estreia da fadista. Quando o convite surgiu a Cuca não tinha ideia de quem era Santaolalla, mas aceitou de imediato porque ficou sensibilizada com os elogios do produtor à sua interpretação. Hoje, sente-se privilegiada por poder trabalhar com um «aficionado pelo puro, pelo simples e pela raiz». Para Gustavo Santaolalla, segundo a fadista, «menos é mais».
Cuca explicou ao SAPO Músicaque Gustavo foi central na construção deste trabalho e que ajudou a mostrar uma Cuca Roseta mais autêntica. Além dos fados tradicionais, o álbum conta com novas composições e inclusive com um tema cantado em castelhano.
Ana Moura, Camané e Amália são as principais referências da fadista que vai percorrer o país, tendo como objectivo final actuar no estrangeiro. Ainda é difícil apontar com certeza todas as datas das primeiras apresentações deste trabalho, mas Cuca revelou ao SAPO que dia 8 de Abril vai estar no Centro Cultural de Cascais.
@Inês Fernandes Alves
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