Em 2008 deram-se a conhecer no pequeno espaço do Musicbox, em Lisboa, antes do disco de estreia sair. Agora fazem-no também na capital, masno grande auditório do CCB, expondo o público a música nunca antes tocada ao vivo.
Quatro anos depois da estreia, a ansiedade entre os músicos é diferente e há um novo entendimento entre todos que se notará também no disco, explicou o baterista, Fred Ferreira, à agência Lusa.
Dos Orelha Negra fazem parte o "rapper" Sam the Kid, o baterista Fred Ferreira, o DJ Cruzfader, o baixista Francisco Rebelo e o teclista João Gomes, ambos dos Cool Hipnoise.
Para o novo álbum voltaram a pesquisar a música feita há algumas décadas, como o repertório de Prince dos anos 1980, a música soul brasileira dos anos 1970 e também a música portuguesa.
"Divertimo-nos muito a fazer este disco. Foi um processo longo e noturno. Este disco é noturno e um bocado romântico, se é que se pode explicar assim", descreveu Fred Ferreira.
As 12 ou 13 canções que serão escutadas no sábado no CCB são as que integram o alinhamento do novo álbum, homónimo, embora os Orelha Negra voltem ainda a estúdio para limar arestas. "O essencial vai lá estar no CCB", disse o baterista.
Em 2010, o álbum de estreia dos Orelha Negra abria com o tema "Memória", que traçava o bilhete de identidade musical do grupo, com uma colagem de frases dispersas ditas no passado por José Carlos Ary dos Santos, Henrique Mendes, Fernando Tordo ou António Vitorino d´Almeida. Nesse tema ouve-se alguém dizer: "Não há nada mais novo do que a memória" ou "É bom que exista a fusão, mesmo em termos musicais; o caminho é mesmo esse, não perdendo a própria identidade".
Local: Centro Cultural de Belém
Data: Sábado, 21 de janeiro
Início da atuação: 21 horas
@SAPO/Lusa
Videoclip de "Since You've Been Gone/ A Memória":
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