
"Parei de comemorar o meu aniversário aos 50 anos de idade. Disse aos meus amigos: da próxima vez será quando fizer 100 anos. Ainda temos tempo", declarou o cantor francês. "Não sou supersticioso, mas acho ridículo fazer uma festa por um ano que acabámos de perder", acrescentou com bom humor.
Confiante de que "a cabeça funciona, mas as pernas um pouco menos", Charles Aznavour, nascido a 22 de maio de 1924 em Paris , disse "ser movido pela felicidade, a alegria de fazer um trabalho que ama e que finalmente o fez feliz, apesar dos meios de comunicação". "Não foram simpáticos comigo", considerou, referindo-se em particular às críticas sobre a sua voz no início da carreira e aos problemas com a Receita Federal.
Numa entrevista ao jornal Parisien/Aujourd'hui em France publicada nesta quinta-feira, o cantor também evoca a sua morte. "A morte preocupa-me, mas não vou vê-la. Prefiro ver um Woody Allen".
Charles Aznavour disse ainda que voltará a cantar em Paris "no início do próximo ano". "É como um relógio, canto a cada três anos em Paris para não cansar as pessoas".
O compositor também trabalha num novo álbum de canções originais, três anos após "Toujours". "Escrevi 27 canções e preciso de 14. Vou falar sobre tudo, aldeias abandonadas, croissants de chocolate... Vai chamar-se 'Nostalgia'".
@AFP
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