O outfit escolhido por Ana Moura para XXVIII gala dos Globos de Ouro, que decorreu no passado dia 29 de setembro, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, deu que falar nas redes sociais. Na passadeira vermelha, a artista usou um vestido transparente.

No episódio desta semana de "isto não se diz" podcast de Bruno Nogueira, Ana Moura falou pela primeira vez sobre os comentários. "Ao ver aquilo, eu calculei: eu sei o que vai acontecer a seguir. Tu sabias? Tu sabias a dimensão?", perguntou o humorista. "Claro que sabia, tinha noção. Nunca pensei que tomasse uma dimensão tão gigantesca, mas sabia. Aliás, estive até à última com os tapa mamilos, com biquinis e não sei o quê. Mas pensei: 'isto estraga tudo, estraga todo o propósito. Não, vou assim'. Decidi mesmo a sério... uns 15 minutos antes", contou.

"Não perdi tempo a ler os comentários todos, não tenho notificações ativas (...) Por DM (Mensagem Direta), recebi mensagens mais assustadoras (...) Como 'sua p*** de m****, ai de ti que envergonhes Portugal e o fado'. Há um tom assustador", contou. "Os [comentários] com tom mais ameaçador eram de homens e isso faz-me ficar assim... agora, quando eu fui a Fafe, disse ao meu road manager que queria estar sempre acompanhada. Por exemplo, estava no restaurante, fui à casa de banho, quero estar acompanhada porque posso levar uma boca desse género (...) Isto faz-me ter um bocadinho mais de receio", revelou Ana Moura na conversa com Bruno Nogueira.

Na conversa, a artista fala sobre a mudança na sua carreira e como a morte do irmão, da avó e de Prince a fizeram repensar na vida. "A morte é uma coisa que está muito presente na minha vida e até ganhei alguns medos, de viajar - a minha vida é viajar e confesso que ganhei algum pânico, mas que já estou a conseguir lidar", contou. "Tenho uma urgência de viver", acrescentou.