Apesar disso, Allen reconhece que os artistas, hoje em dia, fazem mais dinheiro com os concertos, até porque “ninguém compra rap em Portugal”.
O principal objetivo do rapper passa por fazer boa música e dizer o que pensa. Halloween refere que a sua evolução tem sido notória não só do primeiro para o segundo disco, mas também em palco.“A cada dia que passa tu melhoras como músico, porque a cada dia experimenta-se mais e vai-se conhecendo o que resulta melhor nas canções”.
A “Bruxa” esperou cinco anos para lançar o seu segundo álbum. Sem rodeios, Allen Halloween diz que não teve nenhum receio de regressar aos discos. “Uma das vantagens de ser um artista indie ou underground é a de poderes lançar um trabalho quando quiseres, quando tens inspiração para o fazer ou quando tens coisas novas para dizer. Eu podia não ter feito um segundo álbum, mas apeteceu-me fazer o 'Árvore Kriminal', e se me apetecer fazer o terceiro, faço”.
Essa independência musical é visível nas diferenças de sonoridade entre “Projecto Mary Witch” e “Arvore Kriminal”. O rapper não teve nenhum receio em aventurar-se por novos terrenos e experimentou outras formas de usar a sua voz, afastando-se, em certas canções, do flow que tanto lhe era característico.
Allen Halloween vai inaugurar o Misty Fest no Cinema São Jorge, em Lisboa, logo na noite a seguir à de halloween, a 1 de novembro, e promete um concerto de rap “no seu estado mais puro, sem muito 'show off', repleto de energia e com muita entrega.”
@Edson Vital
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