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De "10 Coisas que Odeio em Ti" a "Macbeth": A paixão do cinema por Shakespeare

L.S.
23 abr 2016 02:37
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  • "Algo de Macbeth": Janela Aberta Teatro apresenta peça em Madrid
    SAPO Mag / Lusa · Showbiz · 17 fev 2024 11:13

    "Algo de Macbeth": Janela Aberta Teatro apresenta peça em Madrid

  • "Macbeth" no Teatro São Luiz: "Estimulamos a violência sem a mostrarmos. Para mim, o teatro não é para chocar"
    SAPO Mag · Showbiz · 14 fev 2025 14:02

    "Macbeth" no Teatro São Luiz: "Estimulamos a violência sem a mostrarmos. Para mim, o teatro não é para chocar"

    por Bárbara Moreira
Este artigo tem mais de 8 anos
"Macbeth", com Michael Fassbender e Marion Cotillard, traz de volta ao cinema William Shakespeare. Falecido há 400 anos, as suas tragédias e comédias de amores proibidos, lutas pelo poder, rivalidades e enganos permanecem vivas e inspiram filmes coroados com Óscares ou interpretações mais inesperadas.
  • "Macbeth", com Michael Fassbender e Marion Cotillard, traz de volta ao cinema William Shakespeare. Falecido há 400 anos, as suas tragédias e comédias de amores proibidos, lutas pelo poder, rivalidades e enganos permanecem vivas e inspiram filmes coroados com Óscares ou interpretações mais inesperadas.
  • É a versão mais recente de uma das maiores tragédias de Shakespeare e uma das suas personagens mais famosas. Macbeth (Michael Fassbender), o Senhor de Glamis, recebe uma profecia de um trio de bruxas que um dia se tornará Rei da Escócia. Consumido pela ambição e incentivado pela sua esposa (Marion Cotillard), o destemido guerreiro e líder inspirador mata o rei e toma o trono para si.
  • Uma versão MTV da história, passada num mundo marginal de Melbourne que tem a curiosidade de ser com Sam Worthington alguns anos antes da revelação de "Avatar" (2009).
  • A versão mais conhecida, perturbadora e sanguinária, ou não fosse o realizador Roman Polanski, que lançou este projeto pouco tempo depois do trágico assassinato da esposa Sharon Tate e vários amigos pelo grupo liderado por Charles Manson.
  • Akira Kurosawa reconta a história de MACBETH com Toshiro Mifune como o corajoso guerreiro que faz uma feroz subida ao poder, mas depois tem uma inevitável e desonrosa queda, deixando tudo à sua volta em ruínas. Tal como ficara o Japão após a Segunda Guerra Mundial.
  • Uma das melhores versões modernas de uma peça de Shakespeare, belíssima reinvenção de A FERA AMANSADA. No primeiro dia de aulas no seu novo colégio, Cameron (Joseph Gordon-Levitt) perde-se de amores por Bianca (Larisa Oleynik), a fabulosa rapariga dos seus sonhos. O único problema é que Bianca está proibida de sair... se a sua temperamental irmã Kat (Julia Stiles) não a acompanhar! Numa tentativa de resolver o seu problema, Cameron desafia para uma saída o único rapaz que possivelmente poderá "emparelhar" com Kat: um misterioso rufia (Heath Ledger) com péssima reputação.
  • A versão mais convencional realizada por Franco Zeffirelli com o então famoso e caótico casal Elizabeth Taylor e Richard Burton,
  • Uma adaptação da Broadway que se tornou um dos grandes musicais da história do cinema. A premissa é engenhosa: Fred (Howard Keel) e Lilly (Kathryn Grayson) são um casal de actores divorciado que volta a reunir-se pela mão de Cole Porter, que escreveu uma versão musical de "A Fera Amansada". Curiosamente, o antigo casal parece ter um comportamento muito semelhante ao das personagens da peça e uma luta na noite de abertura ameaça o destino do espetáculo.
  • Por causa das personagens e enredo e coroado com 8 Óscares, é provavelmente a associação mais popular a Shakespeare... mas o filme não se baseia em nenhuma das suas peças. A ideia foi do argumentista Marc Norman e desenvolvida depois em colaboração com o dramaturgo Tom Stoppard. Tudo anda à volta das tentativas do dramaturgo para escrever uma história de amor com fim trágico. Mas este sofre de bloqueio criativo até que se apaixona por Lady Viola, que lhe serve de musa inspiradora para o que virá a ser... "Romeu e Julieta".
  • Leonardo DiCaprio e Claire Danes interpretam Romeu e Julieta, os jovem de duas famílias inimigas Montecchios e Capuletos, que vão viver um amor proibido que acabará em tragédia nesta pouco convencional adaptação de Baz Luhrmann.
  • Romeu e Julieta chamam-se aqui Tony (Richard Beymer) e Maria (Natalie Wood), mas a violência e a perda de inocência permanece neste célebre musical de Jerome Robbins e Robert Wise coroado com muitos Óscares.
  • Uma versão muito livre e mesmo futurista de ROMEU E JULIETA, em que ele (Nicholas Hoult) é um zombie conhecido por R e ela (Teresa Palmer ) se chama Julie.
  • Leonard Whiting e Olivia Hussey protagonizam esta abordagem mais convencional realizada por Franco Zeffirelli que chegou a ser nomeada para o Óscar de Melhor Filme.
  • ROMEU E JULIETA entre as artes marciais de Jet Li e o 'hip-hop' de Aaliyah no feroz campo de batalha de Oakland. Aqui as famílias passam a gangues rivais, um asiático e outro negro, o que não impede a atração entre Han (Li) e Trish (Aaliyah). Os dois também partilham o perigo quando tentam encontrar a verdadeira causa da rivalidade.
  • A primeira versão do cinema sonoro, com os jovens de 43 e 34 anos Leslie Howard e Norma Shearer.
  • Desdémona, filho de um aristocrata veneziano, foge com o herói militar mouro Otelo, para grande perturbação do invejoso Iago. Infelizmente, este conhece as fraquezas de Otelo e tudo manipula com arrepiante malícia. Laurence Fishburne, Kenneth Branagh e Irène Jacob são o trio nesta versão 'convencional' e a mais conhecida da peça que é também a primeira no cinema em que Otelo é interpretado por um ator negro (Laurence Olivier fê-lo para um filme em 1965).
  • Uma adaptação livre e moderna de OTELO. Odin (Mekhi Phifer) é uma estrela da equipa de basquetebol do liceu, a sua namorada Desi (Desdemona)(Julia Stiles) é a filha do reitor, e Hugo (Iago) (Josh Hartnett) é o filho do treinador, que manipula Odin, conduzindo os três para um trágico destino.
  • Orson Welles, cuja personalidade, como o próprio dizia, era talhada para as grandes personagens, foi, sem surpresa, um frequente intérprete das obras de Shakespeare no cinema e não resistiu a "Otelo".
  • Foi aqui que começou a reputação de Kenneth Branagh como o herdeiro de Laurence Olivier. Tinha apenas 28 anos quando realizou e protagonizou este filme, que o tornou uma estrela e foi nomeado para vários Óscares. Tudo se passa durante a Guerra dos 100 anos no século XV, quando nos campos de batalha em França, soldados ingleses avançam entre corpos, sangue, membros dos seus companheiros mortos e, no meio da confusão, emerge um homem, o rei Henrique V, cuja capacidade de liderança e coragem os inspira a fazer frente a um exercito francês cinco vezes superior. E atenção a um muito jovem e já memorável Christian Bale.
  • Esta foi a primeira das várias adaptações que Laurence Olivier fez de peças de Shakespeare. Ganhou um Óscar honorário pelo seu trabalho como ator, realizador e produtor.
  • Este filme sobre dois grandes amigos que vivem nas ruas de Portland como prostitutos embarcam numa viagem de auto-descoberta, que colocará a sua própria relação em risco, foi o ponto de viragem na carreira do realizador.Gus Van Sant e também permanece um exemplo fulgurante do talento de River Phoenix, com Keanu Reeves também a bom nível. O que poucos sabem é que é inspirado pelas peças HENRIQUE IV (Parte I e II) e HENRIQUE V.
  • Inspirado pela personagem de John Falstaff, que aparecia em várias peças, Orson Welles capta o espírito das obras do dramaturgo com este retrato do decadente companheiro das diversões de juventude de Henrique V e a história da sua amizade traída por razões de Estado,
  • A estreia na realização de Ralph Fiennes, que acompanhado por Gerard Butler, Vanessa Redgrave, Brian Cox e Jessica Chastain, moderniza para uma Roma caótica dos nossos dias uma peça que se passava durante a existência do Império Romano. Um general herói de guerra torna-se uma odiada figura política para o seu povo e acaba por ser banido. Refugiando-se no acampamento dos seus eternos inimigos e dominado pelo ressentimento e pelo desejo de vingança, planeia juntar-se a estes para subjugar Roma.
  • Hamlet, filho do rei da Dinamarca, é chamado a casa para o funeral do seu pai e o casamento da sua mãe com o seu tio. Graças a um evento sobrenatural, descobre que foi o tio, que detesta, o responsável pela morte do seu pai. Os eventos sucedem-se até vingar-se, finalmente, à custa das vidas de quase todos os outros. Kenneth Branagh novamente à frente e atrás das câmaras para a versão definitiva de uma das grandes peças de Shakespeare... com 4 horas de duração.
  • A versão realizada e protagonizada por Laurence Olivier. Hollywood, deslumbrada, deu 4 Óscares, incluindo o de Melhor Filme e Ator.
  • É verdade, Simba é uma versão animada (e animal), de HAMLET! A Dinamarca passa à Savana africana, mas muitos elementos essenciais da história permanecem iguais: um rei generoso (Mufasa) morto pelo seu irmão sedento de poder (Scar) e um príncipe e herdeiro legítimo (Simba) que depois de algum tempo afastado regressa para reclamar o seu lugar.
  • Nesta versão moderna, o reino da Dinamarca é substituído por uma das maiores empresas do mundo gerida por Claudius (Kyle McLachlan). Hamlet (Ethan Hawke), surpreendido pela revelação de que o seu tio matou o pai em busca de poder e dinheiro. imagina um plano que revele a culpa e vingue a morte.
  • Paixão, fúria, dúvida, agonia... resta saber se da personagem ou do próprio ator. Na altura foi um escândalo: como era possível o ator de "Arma Mortífera" atrever-se a interpretar Shakespeare? E logo "Hamlet"? Um filme de Franco Zeffirelli ainda com Gleen Cloose, Alan Bates e Paul Scofield a merecer reavaliação.
  • Não é adaptação mais conhecida que Akira Kurosawa fez de Shakespeare, mas não é menos inventiva. O seu ator preferido, Toshiro Mifune, interpreta o filho de um magnata assassinado que se infiltra na empresa para se vingar do usurpador.
  • Naquela que é a sua mais aclamada adaptação, Akira Kurosawa cruza REI LEAR com as lendas japonesas do século XVI no retrato das guerras senhoriais pela sucessão do poder do clã Ichimozi, após o seu velho senhor abdicar da liderança a favor do seu filho primogénito.
  • Adaptação de uma das primeiras comédias de Shakespeare, A COMÉDIA DOS ERROS com uma reviravolta moderna e mudança de sexo. Bette Midler e Lily Tomlin interpretam dois pares de gémeas separadas à nascença que se encontram por acaso em Nova Iorque durante um encontro de negócios.
  • Hoje é apenas um dos melhores filmes de Joseph Mankiewicz e adaptações de Shakespeare, mas na época foi um escândalo que o ator americano de "Um Eléctrico Chamado Desejo" interpretasse o clássico Marco António nesta tragédia sobre a conspiração contra o ditador romano Júlio César, o seu assassinato e consequências, Afinal, rodeado pelos melhores atores britânicos (James Mason, John Gielgud), foi um triunfo. O seu discurso diante do cadáver de César é um dos grandes momentos do cinema e da arte de representar.
  • Uma comédia sobre as confusões do amor. Muito resumidamente, a história passa por Viola (Imogen Stubbs), que se disfarça de homem para ficar próxima do Duque Orsino (Toby Stephens) que adora. Mas o seu Cesário acaba por cativar Olívia (Helena Bonham Carter), a mulher que o duque ama, apenas uma de muitas confusões.
  • Uma adaptação livre de NOITE DOS REIS. Viola (Amanda Bynes) descobre que a equipa feminina de futebol foi eliminada mas não consegue convencer o treinador da equipa masculina que é suficientemente boa para integrar a equipa. Quando o seu travesso irmão gémeo Sebastian (James Kirk) liga de Londres a dizer que não voltará a tempo do inicio das aulas, Viola decide vingar-se e transforma-se em Sebastian. Mas disfarçar-se de rapaz é muito mais complicado do que Viola esperava: ela apaixona-se por Duke (Channing Tatum), que tem uma paixão ardente por Oliva (Laura Ramsey), que por sua vez se sente atraída pelo sensível e surpreendente novo rapaz "Sebastian".
  • A história da ascensão maquiavélica de Ricardo III e seu curto reinado num filme realizado e protagonizado pelo incontornável Laurence Olivier. Ela já fizer "Henrique V (1944) e "Hamlet" (948), mas esta terceira adaptação recebeu menos elogios na época. Agora é geralmente considerada a melhor.
  • A história do rei manipulador e sanguinário é transposta para uma realidade alternativa nos anos 1930 em que a Inglaterra é fascista. Uma rara oportunidade para ver Ian McKellen a fazer Shakespeare no cinema, acompanhado por Annette Bening, Jim Broadbent, Robert Downey Jr., Kristin Scott Thomas e Maggie Smith.
  • Depois de "Henrique V", esta foi o segundo investimento de Branagh em Shakespeare, agora em comédia. Na altura chamou a atenção pelo casting incluir Denzel Washington e principalmente Keanu Reeves.
  • Esta peça é uma das grandes paixões de Al Pacino, que finalmente conseguiu levá-la ao cinema com a ajuda do realizador Michael Radford. António (Jeremy Irons) pede um empréstimo de forma a que o seu amigo Bassânio (Joseph Fiennes) possa impressionar a sua amada Pórcia (Lynn Collins), com quem pretende casar. António endivida-se a Shylock (Pacino), um sádico banqueiro que pede em troca dois quilos da carne do corpo de António caso ele não consiga pagar a dívida a tempo.
  • Uma atualização da história clássica de Shakespeare CANSEIRAS DE AMOR EM VÃO, construída como um musical dos anos 1930 sobre quatro melhores amigos que renunciam ao amor. Este fracasso e o de "Como vos Agradar" (2006), adaptação de COMO LHE APROUVER, levaram Kenneth Branagh a fazer uma intervalo até hoje na relação cinematográfica privilegiada com o dramaturgo.
  • A comédia de Shakespeare sobre as provações do amor passa da Grécia fantasiosa para uma Itália cheia de luxo neste filme de Michael Hoffman, mas mantêm-se as loucuras que os seres humanos fazem quando se apaixonam e se zangam. Entre os que se divertiam nesta exótica encenação estavam Kevin Kline, Michelle Pfeiffer, Rupert Everett, Stanley Tucci, <br />Calista Flockhart, Anna Friel, Christian Bale, Dominic West, David Strathairn e Sophie Marceau.
  • Uma adaptação que foi um fracasso comercial que impediu futuros filmes do realizador alemão Max Reinhardt em Hollywood. Destacam-se os prodigiosos cenários, a fotografia (premiada com um Oscar) e a oportunidade de ver alguns atores americanos fazerem Shakespeare pela única vez nas suas carreiras: James Cagney, Dick Powell, Olivia de Havilland (descoberta por Reinhardt) e Mickey Rooney.
  • Próspero, duque de Milão destronado e exilado com a filha Miranda, planeia vingar-se do seu irmão, utilizando os seus poderes de ilusão e manipulação. A realizadora Julie Taymor pegou na peça e fez uma alteração radical: Próspero passou a Próspera, dando assim outro grande papel a Helen Mirren.
  • Uma adaptação de A TEMPESTADE de Peter Greenaway que recorre a várias técnicas, incluindo animação, dança, ópera e mímica. Próspero (John Gielgud) é aqui um mágico no exílio cuja filha Miranda (Isabelle Pasco) se apaixona por Ferdinando (Mark Rylance), filho de Alonso (Michel Blanc), rei de Nápoles e o seu pior inimigo.
  • Também inspirado por "A Tempestade" e considerado um dos melhores filmes de ficção científica feitos antes de "2001: Odisseia no Espaço" pela inteligência do argumento e os efeitos especiais, conta a história da tripulação de uma nave que chega a um longínquo planeta com apenas dois habitantes, o cientista Morbius (Próspero) e a sua filha Altaira (Miranda), acompanhados por um robô (como o espírito Ariel), que se dedicam a investigar a misteriosa causa da extinção de toda a população daquele corpo celeste. Com Walter Pidgeon, Anne Francis e Leslie Nielsen.
  • Uma modernização feita por Paul Mazursky onde Philip Dimitrius (Próspero) é um amargurado arquiteto de Nova Iorque que vai refugiar-se com a filha Miranda numa ilha grega depois de descobrir a infidelidade da mulher. Uma oportunidade para rever o casal John Cassavetes e Gena Rowlands, acompanhados por Raul Julia, Susan Sarandon e até Molly Ringwald.
  • Anthony Hopkins e Jessica Lange em confronto numa primeira encenação livre e barroca da realizadora Julie Taymor de uma peça menos conhecida de Shakespeare sobre o regresso vitorioso de um general a Roma, desconhecendo que vai plantar as sementes de um turbulento futuro para si e para a família.
 
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