Usar os fatos de heróis
Mark Ruffalo (MR): «Tive muita inveja do fato dele até hoje quando percebi que ele tinha inveja do meu.»
Chris Hemsworth (CH): «O Mark tinha um fato elástico e confortável para fazer as cenas em motion capture e nós estávamos cobertos de pele, de borracha, de metal e de capas e isso era incrivelmente quente e desconfortável. Pelo fator de conforto gostava de ter trocado e usar o que ele vestiu.»
MR: «E eu gostava de ter parecido 'cool'.»
CH: «Eu nunca pensei que o meu fato fosse 'cool'. Ainda agora olho e penso 'é tão pateta'.»
A personagem de Thor, um filme depois
CH: «Ter o humor ajuda a audiência a entrar na história e a aceitar a parte fantástica dela. Aceitar os fatos extravagantes. O que acho que foi difícil ao continuar com a personagem foi que, no primeiro filme, ele tinha aquela ingenuidade de 'peixe fora de água', uma qualidade quase infantil que permitia falas completamente deslocadas que provocavam momentos de humor fantásticos. À medida que ele amadurece e se torna menos ingénuo há o risco de ele se tornar aborrecido e previsível. O desafio era nunca perder essa qualidade, essa natureza imprevisível.»
Aceitar o papel de Hulk depois de Eric Bana e Edward Norton o terem interpretado
MR: «Na verdade, vejo este papel como uma continuação dessas ótimas representações de atores que admiro muito. Passei por muita trepidação quando entrei no projeto, queria honrar essas interpretações mas também trazer algo de meu para o papel.
Eu pensei que o ator estava escolhido e fiquei muito surpreendido quando me convidaram. Não foi uma decisão fácil, pensei no assunto durante uma ou duas semanas por causa da minha amizade com o Ed [Norton, que tinha interpretado Hulk pela última vez], porque tinha sido feito tão bem. Não havia um guião nessa altura e eu tinha medo que não conseguisse fazê-lo bem.»
Treinar para ser Thor
CH: Durante o
«Thor» e
«Os Vingadores» mantive este aspeto físico mas no fim queria perder peso para o meu próximo papel. Na verdade é mais difícil perder o peso e só a ideia de ganhar o músculo outra vez é um pouco assustadora. Comi baldes intermináveis de peito de frango, arroz integral e brócolos.
As expetativas dos fãs de Hulk
MR: «Há muita bagagem que vem com este papel e os fãs têm muitas expetativas e deixam que o saibamos. Nunca tive críticas tão duras ainda antes de ter filmado um único frame. No fim eu sabia que este era um Bruce Banner que esteve fugido alguns anos, é mais velho e desenvolveu um sentido de humor seco acerca da situação. Ele está pronto para assumir o monstro de que tem estado a fugir. E depois adicionámos um elemento novo, o motion capture, que foi desenvolvido até um ponto em que o ator toma conta do CGI e melhora a sua performance. Fiz a parte digital antes, durante e depois de rodarmos o filme e consigo ver a minha atuação no resultado final. Fico muito feliz de ver que há uma coerência do Bruce Banner para o Hulk.»
A fera na vida real de Mark Ruffalo
«Está domada agora, era muito dominante na minha adolescência e nos meus 20 anos. Eu era a definição de um jovem zangado e se viessem ao meu apartamento nessa altura veriam todo o tipo de posters e fotografias a tapar áreas estranhas com buracos feitos por murros. Com o tempo, as arestas são limadas e tornamo-nos uma pedra polida. Ter filhos ensina-nos a ter paciência.»
Os super-heróis da infância de Mark Ruffalo e Chris Hemsworth
CH:«Eu queria ter super-poderes no geral... disfarçar-me, inventar fatos e poderes. Tentava atravessar paredes, o que não era muito bem sucedido.»
MR: «Eu já gostava do Hulk, a série de televisão era uma das minhas favoritas. Eu e os meus primos partilhávamos livros de banda desenhada durante os fins de semana mas eu não era um fanático. Também fazia coisas parecidas com as que o Chris disse: atar um lenço à cabeça e saltar do telhado de casa com um chapéu de chuva.»
CH: «A Mary Poppins era a heroína que querias ser?»
MR: «Não, era o homem do chapéu de chuva.»
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