Já se sabia que não teria um impacto comercial devastador, mas a estreia americana de
«Paixões Unidas» conseguiu ainda assim ser notícia: fez 607 dólares [540 euros] nas 10 salas de cinema onde estreou na sexta-feira.
Uma sala em Phoenix, no Arizona, comunicou mesmo a venda de apenas um bilhete por nove dólares durante esse período de três dias.
Ainda que existam diferenças no preço dos bilhetes dentro do mercado americano, utilizando o valor de referência de nove dólares pode-se concluir que cerca de 68 pessoas quiseram conhecer o filme que conta a versão oficial dos 111 anos da FIFA e principalmente dos três homens - Jules Rimet, João Havelange e Sepp Blatter - que ajudaram a criar o Campeonato do Mundo de Futebol e a fazer a poderosa organização como é hoje conhecida.
O filme estreou igualmente no circuito de aluguer de «video on demand», mas o número de alugueres não é conhecido.
Na Europa, onde estreou há mais de um ano, «Paixões Unidas» foi ridicularizada como uma penosa obra de propaganda com reduzido valor cinematográfico, apesar de contar com um elenco liderado por Tim Roth (como Blatter), Sam Neill (Havelange) e Gérard Depardieu (Rimet).
O filme francês de Frédéric Auburtin teve um orçamento entre os 25 e 32 milhões de dólares, financiado a três quartos pela FIFA.
Sepp Blatter, presidente há 17 anos, anunciou a sua demissão quatro dias após a sua reeleição, na sequência de um processo que culminou com a detenção de vários responsáveis da organização a pedido das autoridades americanas sob acusações de fraude, corrupção e envolvimento em esquemas de lavagem de dinheiro.
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