O festival, que decorre no Teatro Municipal Rivoli, tem hoje a sua pré-abertura, para assinalar os 50 anos de “Easy Rider”, sendo o filme de abertura oficial, na sexta-feira, “Prospect”, de Zeek Earl e Chris Caldwell, já premiado no SXSW deste ano.
Na quarta e na quinta-feira vão ser exibidos, respetivamente, “The Shining” e “Laranja Mecânica”, para assinalar os 90 anos de nascimento do realizador Stanley Kubrick.
A fechar o festival, no dia 02 de março, vai estar “The Russian Bride”, Michael S.Ojeda, incluindo-se, a par do filme de abertura, na competição de cinema fantástico com um total de 19 obras, nas quais se encontram os mais recentes trabalhos de Peter Strickland e de Kim Ki-Duk, realizador sul-coreano este ano acusado por várias atrizes de violação, abusos sexuais e comportamentos sexualmente agressivos.
Se na competição de longas-metragens de cinema fantástico não há portugueses presentes, havendo apenas um filme brasileiro em representação lusófona, na de curtas-metragens encontram-se “Bluebird”, de Amanda Sant’Anna, Carlos Fernandes, Gonçalo Veloso, João Lage e João Mendes, e “Mysteries of the Wild”, de Rui Veiga.
Na semana dos realizadores, o destaque vai para o documentário “The Panama Papers”, de Alex Winter, que conta com a realizadora Laura Poitras como produtora executiva, vencedora do Óscar para melhor documentário em 2015 com “Citizenfour”, sobre Edward Snowden.
De volta estão também a secção Orient Express e os prémios do cinema português e de melhor escola de cinema.
De acordo com a diretora, Beatriz Pacheco Pereira, esta edição do festival de cinema portuense conta também com um "número recorde de participação portuguesa", levando 57 filmes portugueses a concurso.
"Há uma preocupação de fazer pelo cinema português aquilo que as entidades não fazem, que é incentivar a fazer cinema e projetar os jovens talentos", frisou.
O festival vai receber ainda duas retrospetivas: uma sobre a mudança do rosto do feminino em Taiwan dos anos 1960 e outra sobre a nova geração húngara.
O Fantasporto vai exibir, na sexta-feira, “Alien”, de Ridley Scott, para assinalar os 40 anos do filme.
"A lógica do Fantasporto é manter a nossa marca, marca que também passa pela descoberta de novos realizadores. Temos sido o festival que é conhecido pelos filmes que foram exibidos, o que revela que as nossas apostas, ao longo destes quase 40 anos, têm sido as certas", salientou o diretor do festival, Mário Dorminsky, em conferência de imprensa no final de janeiro.
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