
A quarta edição da Mostra de Cinema Dominicano realiza-se entre 7 e 10 de abril no cinema Alvalade (Av. Roma, 100) em Lisboa, no que será uma oportunidade rara para conhecer a cinematografia da América Central.
O programa centra-se na produção da nova geração de cineastas e vai destacar quatro títulos recentes da produção do país que, nos últimos anos, têm beneficiado de incentivos governamentais para produção.
O filme de abertura será “La Gunguna”, de Ernesto Alemany, o maior acontecimento cinematográfico de 2015, que mistura de drama e ação, e concorreu aos prémio Goya espanhóis.
“La Família Reyna” é, por sua vez, um romance passado no interior, enquanto em “La Montaña” três homens decidem escalar a montanha mais alta do mundo - num misto de ficção e documentário. Neste último formato, surge “Tu y Io”, a relação sobre a relação entre patrões e empregadas domésticas.
“É um cinema diverso como o nosso povo”, referiu Kenia Liranzo, ministra conselheira da Embaixada da República Dominicana. “Ele reflete as suas cores essenciais, a sua alegria, mas também os seus problemas”.
Ainda de acordo com a mesma responsável, a iniciativa vem de encontro ao esforço de divulgação, por parte da instituição, da cultura dominicana nos diversos domínios artísticos.
O cinema, praticamente banido durante os longos anos da ditadura de Trujillo (1930-1961), ressurgiu nos anos 60, dando ocasionais mostras de vitalidade até aparecer em força desde a nova lei do cinema de 2010.
A Mostra começou com filmes exibidos sem legendas no espaço do Instituto Cervantes e só em 2015 transitou, legendados em português, para as salas do Alvalade.
“Foi uma experiência bastante positiva, que resolvemos retomar este ano”, concluiu Kenia Liranzo.
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