"The Walking Dead" está de volta, depois de uma espera de sete meses. E regressou com o melhor início de temporada de sempre.
Ação! Gore! Suspense! Walkers! Tudo aquilo que os fãs esperavam e muito mais!
A ação começa exatamente no ponto onde tinhamos ficado na quarta temporada, com a tensão a tomar conta do ambiente logo nos primeiros minutos, com Rick, Daryl, Glenn e Bob a serem levados para o “matadouro”, e mesmo nesta situação desesperada Rick não deixa de demonstrar confiança e diz Gareth que o vai matar. Badass Rick!
Mas convenhamos, quem salvou o dia foi Carol, ao criar aquela manobra de diversão com a explosão, abrindo assim caminho para os Walkers entrarem em Terminus. Aquela mulher é tudo, uma mistura de Rambo com McGyver e quando alguma coisa tem de ser feita é só chamar Carol.
A partir daqui foi uma orgia de caos, violência e sangue, com os Walkers a atacarem os habitantes de Terminus, mas quase num plano secundário porque o que se destaca aqui é a violência de humanos contra humanos, pois se bem se lembram, em situações anteriores de conflito sempre que Rick matou alguém foi com algumas reticências por estar a matar elementos da sua própria espécie (os condenados na prisão, os habitantes de Woodbury e o gangue de Joe), pois os Walkers é que supostamente seriam o único inimigo. Mas muita coisa mudou desde então e foi-se tornando mais fácil para Rick fazer o que tem de ser feito, sempre que necessário e neste caso, implica abater todos os que habitam Terminus.
Nas quatro temporadas anteriores, o foco esteve sempre no quanto era importante manter a humanidade, só abdicando da mesma em situações muito pontuais e extremas para conseguirem sobreviver, mas neste mundo caótico de morte e violência, o ponto de não retorno foi ultrapassado, e neste momento o lema parece ser, para sobreviver tens de matar, este grupo é uma família e isso fala mais alto do que tudo o resto.
Tivemos alguns flashbacks para compreendermos porque é que Gareth e a sua gente se tornaram canibais - eram pessoas boas, até um bando de sádicos ter chegado a Terminus e empreendido uma campanha de tortura, violação e morte. Pelos vistos conseguiram recuperar Terminus, mas começaram a viver sob a lema “you’re either the butcher or the cattle”.
Foi tocante a reunião de Rick com Judith e de Carol com Daryl, e não foi forçado, dá-nos a sensação de recompensa merecida pelos nosso heróis e não de que esta cena foi apenas para as audiências terem o happy ending (tão desejado).
Gostei de Terminus ter chegado ao fim e de não andarmos meia temporada a arrastarmo-nos até haver uma conclusão deste capítulo.
Não me canso de referir que foi um episódio excelente, e mal posso esperar pelo que aí vem, sei que o ritmo não vai ser sempre este e que a acção deve ir abrandar, mas é isso que depois torna estes episódios em que tudo acontece a um ritmo alucinante, tão especiais.
Breves notas finais:
Temos Morgan de volta! Yeahhh!!!! Será que se vai juntar finalmente a Rick?
Os símbolos nas árvores significam o quê?
E Beth afinal anda por onde?
Rick acabou por não matar todos em Terminus… voltaremos a vê-los?
Abraham e Rosita parecem saber mais do que demonstram…. e Eugene saberá mesmo qual a cura?
Novos e antigos conflitos, novos e velhos perigos, humanos que de humano têm muito pouco, Walkers cada vez mais “decompostos”, grotescos e assustadores e todo o grupo finalmente reunido, não tenho dúvidas de que vai ser uma grande temporada!
NOTA: 9/10
Alexandra Leite
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