O compositor mexicano Armando Manzanero, ícone do bolero esta segunda-feira, 28 de dezembro, no hospital onde se encontrava internado com COVID-19 em estado grave, confirmou o presidente do país, Andrés Manuel López Obrador. O artista tinha 96 anos.
"É algo muito triste, Don Armando Manzanero, um grande compositor, do melhor do país, além de ser um homem sensível também no social. Lamento muito a sua morte", disse o presidente, na sua habitual entrevista matinal.
Depois de exibir um vídeo de Manzanero interpretando "Adoro", López Obrador antecipou o fim da conferência de imprensa, visivelmente emocionado.
O compositor faleceu de paragem cardíaca na madrugada desta segunda, após ter sido internado com COVID-19, confirmou o seu agente à AFP. O artista foi internado a 17 de dezembro, após testar positivo para o novo coronavírus.
Segundo a AFP, a notícia do óbito foi inesperada. No domingo, a sua equipa de assessoria de imprensa informou que o quadro de saúde do músico avançava favoravelmente.
Recentemente, o artista foi homenageado, presencialmente, pelo governo da sua cidade natal, Yucatán (leste), com a abertura de um museu dedicado à sua vida e obra.
Ao regressar para a Cidade do México, Manzanero começou a apresentar tosse, de acordo com sua esposa, Laura Elena Villa, citada pelo jornal El Universal.
Manzanero era um dos compositores mais emblemáticos da música mexicana contemporânea, criador de "Somos novios" e "Contigo aprendí", interpretados por ele e por vários artistas, como Luis Miguel e Alejandro Fernández.
Manzanero é amplamente conhecido na América Latina. Em 2014, tornou-se o primeiro mexicano a receber um Grammy honorário pela sua trajetória.
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