O diretor executivo da Academia Latina da Gravação, Manuel Abud, abriu a cerimónia especial com um monólogo em português.
"A nossa solidariedade à comunidade brasileira pela trágica perda de Marília Mendonça", declarou Abud, homenageando a "Rainha da Sofrência" do Sertanejo.
"Proponho a todos dedicar esta cerimónia à memória de Marília e ao seu legado musical", completou.
A cantora, que morreu aos 26 anos, teve uma carreira meteórica e venceu um Grammy Latino em 2019.
"Uma salva de palmas para nossa Marília Mendonça", disse a atriz Carolina Dieckmann, apresentadora da cerimónia, que contou com a apresentação do cantor Nando Reis, entre outros artistas.
Anitta também recordou a colega e amiga. "Dói-me o coração por ela não estar aqui. Todos os que te conhecemos sabemos que eras uma grande alma generosa e amiga de todos", frisou a cantora.
Marília Mendonça estava nomeada ao lado da dupla Maiara & Maraísa na categoria Melhor Álbum de Música Sertaneja, um prémio que ficou com Chitãozinho e Xororó por "Tempo de Romance".
Caetano Veloso e Paulinho da Viola ganham Grammys Latinos
O êxito cubano "Patria y Vida", os brasileiros Caetano Veloso e Tom Veloso e o panamenho Rubén Blades receberam os principais prémios da 22.ª edição dos Grammys Latinos em Las Vegas,
"Patria y Vida", hino dos protestos que sacudiram Cuba em julho, recebeu o prémio de Melhor Canção do Ano.
"Este é o primeiro Grammy que o povo de Cuba ganha", disse Alexander Delgado, da dupla Gente de Zona.
Mais cedo, Caetano Veloso e o seu filho Tom conquistaram o gramofone de Gravação do Ano, com "Talvez". Os brasileiros não compareceram à festa.
Com "Salswing!", o panamenho Rubén Blades e Roberto Delgado & Orquestra venceram na categoria de Álbum do Ano, superando Pablo Alborán, Paula Arenas, Bad Bunny, Camilo, Nana Caymmi, Juan Luis Guerra, Juanes, Natalia Lafourcade e C Tangana.
Blades, que na quarta-feira foi homenageado pela Academia Latina da Gravação como Pessoa do Ano, aceitou o prémio "em nome de todos os que foram nomeados, porque, na realidade, aqui todos ganham".
A jovem colombiana Juliana Velásquez ganhou o Grammy Latino de Melhor Nova Artista, impondo-se na categoria de figuras como o argentino Bizarrap e a brasileira Giulia Be.
O cantor e compositor Paulinho da Viola, de 79 anos, venceu o Grammy Latino de Melhor Álbum de Samba/Pagode durante a estreia em português da cerimónia, com "Sempre se pode sonhar", o segundo prémio da sua carreira.
Outros vencedores da tarde foram a dupla Anavitória, que ganhou o Melhor Álbum Pop Contemporâneo de Língua Portuguesa com "Cor"; Zeca Baleiro, premiado pelo Melhor Álbum de Música Popular Brasileira com "Canções d'além mar"; e Ivete Sangalo, que com "Arraiá da Veveta" ganhou o prémio de Melhor Álbum de Música de Raízes em Língua Portuguesa.
Manuel Abud destacou a importância da música em português e sublinhou que "em três das quatro categorias principais temos artistas brasileiros".
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