Estão a ser preparados dois documentários sobre Luigi Mangione, suspeito do homicídio de Brian Thompson, líder da UnitedHealthcare, uma empresa norte-americana de seguros de saúde.
Segundo a Variety, Stephen Robert Morse, que produziu o documentário da Netflix sobre Amanda Knox, está a trabalhar numa produção centrada no jovem norte-americano, de 26 anos.
Com o documentário, de acordo com a revista, o realizador pretende explorar " as várias perspetivas dos envolvidos" e analisar o sistema de seguros de saúde dos Estados unidos.
Esta semana, a Anonymous Content e a Jigsaw Prods, de Alex Gibney, também confirmaram que estão a desenvolver um documentário sobre o caso. A produção deverá centrar-se no contexto do caso e na cobertura mediática.
O Ministério Público dos Estados Unidos acusou Luigi Mangione, detido no dia 9 de dezembro, suspeito do homicídio de Brian Thompson, líder da UnitedHealthcare, uma empresa norte-americana de seguros de saúde.
Esta semana, Luigi Mangione foi formalmente acusado de um crime de homicídio em primeiro grau e dois de homicídio em segundo grau. À entrada do tribunal, algemado e rodeado de agentes policiais, gritou sobre algo ser "um insulto à inteligência do povo americano".
De acordo com o jornal The New York Times, a defesa vai requerer a libertação de Mangione e evitar a extradição para Nova Iorque, onde está acusado de homicídio, posse de armas de fogo e outros crimes.
O caso está a despertar o interesse dos media nos Estados Unidos, que tentam perceber quem é o jovem adulto e que o terá motivado a disparar fatalmente contra o diretor executivo de uma empresa de seguros de saúde, à porta de um hotel em Nova Iorque.
Quando foi detido, tinha na sua posse documentos de identidade falsos e uma arma impressa a 3D, que a polícia acredita ter sido usada para matar Brian Thompson.
Segundo a agência noticiosa Associated Press, no momento da detenção Luigi Mangione teria consigo um documento manuscrito no qual manifestava raiva contra o sistema "parasitário" das companhias de seguros de saúde.
No documento, Mangione criticava o sistema de saúde dos Estados Unidos por ser dispendioso e lucrativo para as seguradoras, num desagrado que pode estar relacionado com os problemas de coluna de que padecia.
Oriundo de uma importante família do setor imobiliário de Maryland (nordeste), Luigi Mangione formou-se em ciências de computação na Universidade da Pensilvânia e já não falava com a família e os amigos há mais de seis meses.
"A nossa família está chocada e devastada com a detenção de Luigi", afirmou a família do suspeito num comunicado partilhado nas redes sociais.
Comentários