Segundo a organização, o arranque do SBSR no Parque das Nações – a nova casa do festival – contou com cerca de 18.000 pessoas e muitas delas estavam concentradas, pouco antes da meia-noite, no MEO Arena para ver Sting.

O músico, de 63 anos – empunhando um baixo bem mais desgastado do que ele -, traçou um alinhamento voltado sobretudo para o passado, predominando os temas de Police, como “Message in a bottle”, “Roxanne”, “Walking on the moon” e “Every breth you take”.

A estes temas, interpretados em coro por milhares de pessoas, algumas bastante emocionadas, Sting juntou canções feitas a solo, como “Englishman in New York”, “If I ever lose my faith in you” e “Fragile”, que fechou o concerto já no “encore”.

Sting era o cabeça de cartaz do arranque do SBSR, que acontece pela primeira vez num novo recinto, com quatro palcos no Parque das Nações, em Lisboa.

Na quinta-feira registaram-se alguns momentos de congestionamento na troca de bilhetes por pulseira – que permite a livre circulação no recinto -, com tempos de espera que demorou entre dez e 60 minutos. Mas a organização tinha fixado um limite de entradas de 20.000 pessoas, o que permitiu uma circulação em todo o recinto sem grandes atropelos.

Ao longo da tarde, alguns concertos registaram pouca afluência e espectadores, porque grande parte do público chegou pouco depois da hora de jantar, sobretudo para ver Sting.

Junto à pala do Pavilhão de Portugal atuaram, por exemplo, os King Gizzard and the Lizard Wizard, formados por sete australianos que mostraram o prolífico rock psicadélico (que inclui duas baterias e flauta transversal), o músico Perfume Genius, que enfrentou uma plateia que passou grande parte do tempo a conversar, ou SBTRKT (lê-se subtract), recebidos com euforia pelo público que dançou do princípio ao fim em temas como “Such a Hurricane”, “New Dorp. New York” e uma remistura de “Lotus Flower”, dos Radiohead.

A sofrer também de uma plateia escassa, no palco Antena 3 – só de música portuguesa – apresentaram-se Duquesa, projeto do músico Nuno Rodrigues, dos Glockenwise, PZ, com uma batida eletrónica executada de pijama, e Gala Drop.

Dentro do MEO Arena, o recinto esteve quase sempre a meia casa com The Vaccines e Noel Gallagher’s High Flying Birds, mas o empenho mostrado por ambos foi como se tivesse sido para lotação esgotada.

Antes de se aventurar a solo, Noel Gallagher fazia parte dos Oasis, e eram as músicas deste grupo que o público mais queria ouvir. Além de serem recebidos com euforia, temas como “Champagne Supernova”, “Whatever, “Masterplan” e “Don’t Look Back in Anger” (que encerrou o concerto) foram acompanhados pelas palmas e vozes dos presentes.

O festival SBSR prossegue hoje, sexta-feira, com nomes como Blur, dEUS, Sérgio Godinho & Jorge Palma, Savages e Benjamin Clementine.

@Lusa