RAYE foi a estrela maior do terceiro e último dia do MEO Kalorama. A britânica estreou-se em Portugal este sábado, dia 31 de agosto, e ofereceu tudo aquilo que os fãs esperavam - leia aqui a reportagem do SAPO Mag.
Sempre próxima do público, a cantora partilhou várias histórias e, antes do tema "Ice Cream Man", falou sobre como a música a salvou. "Não sei porque vieram hoje a este festival, mas o meu palpite (...) é que foi para sentir alguma liberdade, alguma alegria, alguma endorfina. A música é um remédio. É curativa, calmante, bonita. A música salvou a minha vida e sei que não posso estar sozinha nisto", confessou.
"O tema desta canção é a agressão sexual, a violação e a violência sexual, que são palavras nojentas de se dizer. Tão nojentas e tão feias que nos dão vontade de vomitar quando as dizemos em voz alta. É simplesmente nojento. Por isso, o que acontece é que aqueles de nós que têm este trauma, não falam sobre ele. Simplesmente enterramo-lo profundamente, profundamente. E isso não é justo. Não é justo. Não é", acrescentou RAYE.
"E estou muito grata à música, por me ter salvo. Esta canção obrigou-me a ter uma conversa com os meus pais, a começar a refletir e a perceber que precisava de ajuda para sair de um poço escuro em que tinha caído”, desabafou antes de “Ice Cream Man".
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