«É mais uma coletânea em que quisemos incluir dois temas originais, para dizer que estamos ativos», explica ao SAPO Música o vocalista do grupo, Carlos Moisés.

Os Quinta do Bill comemoram em 2012 as bodas de prata. A ideia inicial para marcar esta efeméride consistia no lançamento de um álbum duplo com 25 canções.

«O ‘manager’ tirou-nos essa ideia, porque considerava ser mais interessante editar um disco com menos temas e que se consiga ouvir do princípio ao fim, sem cansar”, refere Carlos Moisés.

Recorde-se que, em 1999, a banda já tinha editado o «Best of» comemorativo dos 20 anos de carreira, o qual expôs o «lado mais festivo» do grupo.

Estava, assim, na altura de «fazer algo diferente» e a banda decidiu reunir algumas das composições «mais intimistas» e «melancólicas» produzidas ao longo dos anos, uma tarefa que se revelou «complexa».

«Ficaram muitas canções de fora, mas tínhamos de escolher. Os nossos fãs no Facebook escreveram que certos temas deviam estar presentes ao invés de outros. Por graça respondo que, se calhar, ainda vamos fazer uma segunda edição deste disco de baladas», humoriza o vocalista dos Quinta do Bill.

Dos 13 temas incluídos no disco, dois são originais - «D’Alma Lavada» e «No Silêncio do Teu Olhar». «Queremos mostrar que estamos ativos e pretendemos fazer coisas novas. Não fazia sentido apresentar somente o que já estava feito», detalha.

Carlos Moisés carateriza estas duas novas músicas como «puras canções de amor», em que o mesmo é retratado «sem pudor», através da escrita «cuidada» de Pedro Malaquias.

E o balanço destes 25 anos? «É positivo. Estivemos sempre em atividade e nunca houve interrupções. Tivemos a oportunidade de gravar discos e de estar em digressão, o mínimo exigido a um grupo de música», considera.

Carlos Moisés adianta que a banda teve os seus «altos e baixos» e destaca o facto de a Quinta do Bill ter conseguido «conquistar» um público «fiel».

Para o futuro, a Quinta do Bill espera continuar a fazer música e a dar espetáculos. «Não prevejo grandes voos. Seria, todavia, interessante chegarmos ao mercado espanhol, um pouco no seguimento do que alguns artistas portugueses estão já a fazer», prevê.

O mercado brasileiro é outra ambição do grupo, mas mais difícil de alcançar. «Eles não estão para aqui virados», afirma.

O que falta? «Um agente local e uma promotora. No caso de Espanha, apesar de ser uma realidade diferente da nossa - gostam e ouvem mais a sua música -, creio tratar-se de uma batalha capaz de ser conquistada e, nós, portugueses, não devemos desistir», afiança.

Videoclip de «No Silêncio do Teu Olhar»:

@Daniel Pinto Lopes