Pedro Lucas apresentou, pela primeira vez, o seu trabalho nos Prémios Megafone. Apesar dos Galadum Galundaina terem sido os vencedores, o júri sentiu-se obrigado a criar uma menção honrosa para este açoriano.
Pedro surpreende ao desconstruir cantares tradicionais alentejanos e ao sonorizá-los com sintetizadores ou guitarra. O objectivo é simples: dar-lhes uma nova cara. Tudo começou com o objectivo de renovar o disco «O cantar na m'incomoda» de Carlos Medeiros.
Ao SAPO o músico garantiu que todo o processo de nomeação e distinção foi uma surpresa. No entanto, reconhece que é «um grande empurrão» para um projecto que está a começar. Na prática, o prémio traduz-se na distribuição do disco pelas lojas Fnac.
Assim sendo, «O Experimentar na m'Incomoda» já pode ser encontrado nas prateleiras das lojas. A capa do álbum, a cargo de Andrea Inocêncio, é uma reinvenção da Coroa do Espírito Santo - uma representação religiosa com grande expressão nos Açores.
Pedro Lucas já viveu em Lisboa e agora está em Copenhaga. Importaria para Portugal a mobilidade da cidade que, segundo ele, consegue neutralizar todas as inconveniências de um grande espaço urbano. Foi para lá procurar novas vivências e o seu trabalho reflecte igualmente essa necessidade de pensar «out of the box». O facto de não ter uma sonoridade comum permitiu-lhe conquistar uma das principais metas de qualquer músico: a divulgação e distribuição do seu trabalho para o grande público.
Este projecto conta igualmente com a participação do próprio Carlos Medeiros, de Miguel Machete (Bandarra), Pedro Gaspar (Bandarra), Zeca Medeiros e Jácome Armas.
@ Inês Fernandes Alves
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