O primeiro concerto oficial de Jamie Woon em palcos nacionais, este ano, está agendado para o festival SWTMN, em Agosto, na Zambujeira do Mar, mas algumas dezenas de espectadores não terão de esperar tanto para o ver. O jovem cantautor britânico actua esta noite em Lisboa, na apresentação do cartaz do evento, numa sala que contará apenas com jornalistas, convidados e vencedores de passatempos.
Quem não tiver oportunidade de o ver ao vivo pode, pelo menos, ouvi-lo no disco de estreia, "Mirrorwriting", a que grande parte da imprensa não tem poupado elogios. A boa receção crítica dá continuidade ao voto de confiança da BBC, que o incluiu entre as cinco apostas para este ano. "Foi uma surpresa, não estava à espera mas trouxe-me muita exposição. Não fazia ideia de que através disso iria ter pessoas de todo o mundo à espera do disco, acho que ajudou a criar algum hype", contou ao SAPO Música num hotel lisboeta ao início desta tarde.
Embora esta seja a primeira vez que Jamie actua em Portugal já com um disco na bagagem, o concerto não assinala a sua estreia no país. "Vim cá de férias quando era muito novo, tinha uns 3 ou 4 anos. Lembro-me de estar com a minha família algures no Algarve e de ver muitas laranjeiras e gatinhos em todo o lado. Depois disso actuei no Musicbox em 2008, acho, numa noite com Mike Stellar. Foi muito divertido, gostei da comida e pude conhecer Lisboa, uma cidade inacreditavelmente bonita. Tenho inveja de quem vive aqui!", confessou, esboçando um sorriso tímido.
Ligado à música desde cedo - até porque a sua mãe, escocesa, é cantora celta -, o autor de "Mirrorwriting" aliou essa paixão a um percurso académico condizente, sendo um dos seleccionados para a Red Bull Music Academy depois de frequentar a BRIT School.
Da escola de artes londrina saíram alguns novos talentos britânicos do momento, como Katy B, Adele ou Jessie J, assim como nomes com um percurso um pouco mais longo, caso de Amy Winehouse. E Jamie chegou mesmo a partilhar o palco com a voz de "Rehab" num concerto em Nova Iorque: "Ela é a única dos artistas comercialmente bem sucedidos que conheci enquanto estudava lá, os outros são todos uns anos mais novos do que eu. Foi fantástico estar com ela quando começou a tornar-se grande nos EUA, ver a energia que emanava... Quando andava na escola, sempre soube que ela tinha uma voz espantosa, com potencial para a levar longe".
Potencial e voz são também duas características que uma audição de "Mirrorwriting" torna evidentes, mas Jamie garantiu-nos que ao vivo a experiência será necessariamente diferente: "mais intensa, com mais ritmo e menos fragilidade". Amanhã contamos como foi.
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