A decisão encerra uma das mais longas e amargas disputas por direitos de autor da história da música, que Fogerty, compositor de sucessos como "Have You Ever Seen the Rain", tinha perdido devido ao que descreveu como um mau negócio.
Em meados da década de 1960, o magnata do entretenimento Saul Zaentz assinou um contrato com Fogerty e os Creedence Clearwater Revival com a Fantasy Records. O acordo foi alvo durante décadas de ações judiciais, ganhou a atenção da imprensa e resultou num hiato na carreira artística de Fogerty.
Quando a banda se separou, no começo dos anos 1970, Fogerty irritou-se com a Fantasy Records, mas não podia rescindir o seu contrato sem ceder ainda mais direitos a Zaentz. Os processos que se seguiram incluíram um caso de evasão fiscal e uma ação por plágio movida por Zaentz.
Fogerty passou longos períodos sem gravar e recusou a interpretar músicas da banda durante anos. Em 2004, a Concord comprou a Fantasy, mas Forgerty continuou sem recuperar os seus direitos.
Recentemente, a estrela do rock fez uma oferta, com detalhes financeiros não divulgados, que a Concord subscreveu: "A partir de janeiro, volto a ser dono das minhas próprias músicas. Nunca pensei que fosse possível", publicou o artista no seu site.
A Concord mantém a propriedade dos direitos das gravações master do grupo que já detém, enquanto o acordo com Fogerty se aplica aos direitos de publicação disponíveis para os compositores. Fogerty mantém todos os direitos sobre seu trabalho a solo.
A medida vai de encontro à tendência atual no mundo da música, que viu estrelas como Bob Dylan, Bruce Springsteen e Sting venderem tanto direitos de publicação quanto direitos de autor por grandes quantias.
O presidente da Concord, Bob Valentine, que vê na obra de Fogerty "algumas das melhores composições do século XX", disse que, "dadas as circunstâncias únicas envolvendo a relação de John com a Fantasy, estamos mais do que satisfeitos de chegarmos a um acordo".
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