SAPO: Os Smashing Pumpkins vão estar pela primeira vez no Rock in Rio-Lisboa. O que sabe sobre a história do evento e o que é que espera encontrar em Lisboa?

Billy Corgan: Não conheço nada sobre a história do Rock in Rio. Em relação às expetativas para o concerto em Lisboa, não tenho nenhumas, porque tudo depende dos fãs. É sempre um prazer atuar num festival com tantos fãs, mas é uma experiência diferente de atuar num concerto normal dos Smashing Pumpkins. Só me importa que os fãs passem um ótimo dia.

SAPO: A vossa última atuação em Portugal foi também na cidade de Lisboa, em dezembro do ano passado. Quais são as memórias de que guarda do público português?

Billy Corgan: O público português é um dos melhores do mundo. Gosta mesmo de música e apoia muito a banda. Se fizermos um bom espetáculo, os portugueses vão embarcar na viagem connosco e muitas plateias não são assim. Geralmente temos de provar algo antes e só depois nos ouvem. O público português dá-nos muito amor desde o primeiro momento em que entramos em palco.

SAPO: É isso que os Smashing Pumpkins esperam durante o concerto no Rock in Rio-Lisboa 2012?

Billy Corgan: Aprendi a nunca ter grandes expetativas (risos).

SAPO: Vai ser um concerto espontâneo ou têm alguma coisa planeada?

Billy Corgan: Subimos ao palco e tocamos. É simples, tocamos uma série de boas canções. Gostamos de estar com os fãs.

SAPO: Numa entrevista radiofónica há alguns anos atrás, disse que o concerto dos Smashing Pumpkins praça de touros de Cascais, em 1996, estava gravado e poderia, eventualmente, vir a ser editado. Irá mesmo acontecer?

Billy Corgan: Devemos ter cerca de 170 concertos gravados e sou eu quem decide quando devemos lançá-las, não preciso de pedir permissão a uma editora discográfica. Temos de juntar o material de forma a poder lançá-lo e envolver alguma operação de marketing. Estamos a trabalhar em disponibilizar mais concertos mas a prioridade para agora é voltar a lançar os álbuns antigos com faixas adicionais.

SAPO: Recentemente deram a conhecer a imagem de capa do vosso novo disco intitulado “Oceania”. De que forma definem este novo trabalho discográfico?

Billy Corgan: É uma pergunta difícil, porque juntar todos os estilos por que passei ao longo da minha carreira musical, o resultado é algo futurista. Apesar disso, de soar futurista, também soa a algo muito familiar. Não é o tipo de álbum em que é preciso ouvir dez vezes, percebemo-lo à primeira vez.

Para mim é muito complicado descrever música. O álbum tem um pouco de tudo.

SAPO: Planeiam tocar algumas das canções incluídas em “Oceania” no Rock in Rio-Lisboa?

Billy Corgan: Estamos a pensar em misturar algumas destas novas canções com os nossos temas mais antigos.

SAPO: Linkin Park, The Offspring e Limp Bizkit vão também atuar no Rock in Rio-Lisboa e no mesmo dia que os Smashing Pumpkins. Qual destas bandas gostaria de assistir ao vivo?

Billy Corgan: Sempre fui fã dos Limp Bizkit, acho que sempre foi uma banda menosprezada. Adoro o estilo da guitarra dos Limp Bizkit. Conheço pessoalmente o Fred Durst e sempre gostei dele como pessoa. Eles seriam a minha escolha do dia porque sempre gostei deles.

@Daniel Pinto Lopes