«Break it yourself», o sexto álbum do músico e compositor, será o mote para a nova digressão pela Europa, que incluirá o regresso a Portugal.

O disco, que inclui temas como «Eyeoneye», «Near Death Experience Experience», «Lusitania» e o instrumental «Behind the Barn», foi gravado há dois anos no celeiro na sua quinta em Illinois, nos Estados Unidos.

Nessa altura, Andrew Bird passou também uma temporada de duas semanas em Lisboa, à boleia de um convite para uma conferência sobre composição e deu alguns detalhes sobre o que viria a ser «Break it yoursel».

O disco foi gravado com banda, num registo «muito simples, só quatro pessoas a tocar ao vivo no celeiro», explicou.

Apesar da admiração por Portugal, várias vezes admitida, Andrew Bird referiu na altura que a letra do tema «Lusitania» nada tinha a ver com o país. Era «uma metáfora sobre o afundamento de uma relação», afirmou.

O músico considera Lisboa uma cidade inspiradora - está referida no tema «Tenuousness» do álbum «Noble Beast» (2009) - e por isso a tal estadia de duas semanas em 2010 serviu para ouvir as melodias que lhe apareceram na cabeça e que poderão depois ser vertidas para o violino ou para um assobio.

«Oiço as coisas que vão saindo das janelas e começo a assobiar e a murmurar. É muito fértil. É isso que é muito estimulante ou então estar na minha quinta, que é muito isolada e entro naquele ritmo. Mas tenho tendência a levar as ideias de cidades como Lisboa e desempacotá-las lá», disse o músico à Lusa em 2010.

Andrew Bird, de 38 anos, faz música que se inscreve numa área da pop-folk barroca e explora as ambivalências de um violino, de um afinado assobio e de uma «loop station», audíveis em discos como «Andrew Bird & the mysterious production of eggs» (2005) e «Noble beast» (2009).

SAPO com Lusa