Foi num dia de sol que estivemos à conversa com The Weatherman, agora com um disco homónimo. Ao terceiro álbum, o músico do Porto quis dar a conhecer um pouco mais do seu mundo.

“É o disco em que eu me exponho mais, principalmente a nível das letras”, conta ao SAPO Música. “Enquanto nos discos anteriores baseava-me mais em personagens fictícias, agora resolvi inspirar-me em pessoas e lugares que me rodeiam”, explica.

A vontade de “comunicar mais facilmente com o público” moveu The Weatherman a construir um disco mais pop, tentando distanciar-se dos registos experimentais que ficaram associados aos seus trabalhos anteriores (“Crusin’ Alaska”, de 2006, e “Jamboree Park at the Milk Way”, de 2009). “Foram quase discos conceptuais”, descreve.

“É mais difícil catalogar ou associar este disco a bandas ou a movimentos específicos. Eu quis dissipar estes fantasmas. É o meu disco mais Weatherman”, afirma Alexandre Monteiro, fazendo referência às suas influências de sempre: os Beatles e os Beach Boys.

O resultado são canções que ficam na cabeça, como “Proper Goodbye” ou “Fab” – dois singles retirados do álbum. A primeira canção “fala sobre despedidas, que nem sempre são as mais apropriadas”, conta Alexandre Monteiro. “Achei interessante reaparecer em cena com uma música que é uma despedida. Gosto de jogar um pouco ao contrário das expetativas do público”, salienta.

Já “Fab” fala “sobre aquelas pessoas que nós admiramos tanto que nem parecem reais”, diz Alexandre Monteiro. “Neste caso, Fab foi tirado da abreviatura de um nome de uma rapariga que conheci”, refere.

O concerto de apresentação de The Weatherman acontece nesta sexta-feira no Passos Manuel, no Porto. A partir de abril, Alexandre Monteiro e a sua banda partem para uma digressão de auditórios.

@Alice Barcellos e Catarina Osório