A caminho dos
Óscares 2021
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciou várias iniciativas para aumentar a representatividade na organização que anualmente atribui os Óscares.
O Conselho de Governadores, que representa todos os ramos (atores, realizadores, etc.), reuniu-se na quinta-feira à noite, numa altura em que os EUA e outros países do mundo enfrentam convulsões sociais por causa da morte de George Floyd por um polícia de Minneapolis.
Ao contrário do que avançava alguma imprensa especializada, não foi anunciado um adiamento da próxima cerimónia por causa do impacto da COVID-19 na indústria, que assim se mantém a 28 de fevereiro de 2021.
Mas a partir de 94ª cerimónia, em 2022 (para os filmes estreados em 2021), a categoria de Melhor Filme passa a ter 10 nomeados, tal como aconteceu em 2009 e 2010.
Na última década, o número podia variar entre cinco e dez, acabando por ficar entre os oito e nove nomeados.
A plataforma de streaming da Academia também passará a ter disponíveis ao longo do ano (em lançamentos trimestrais) os filmes que podem ser nomeados para a cerimónia de 2022.
Até agora, os potenciais filmes nomeados ficam disponíveis perto do fim do ano, o que a imprensa especializada considera uma das razões para filmes menos mediáticos ficarem prejudicados na corrida às estatuetas.
Após o movimento #OscarsSoWhite em 2016, a Academia comprometeu-se a duplicar o número de mulheres e pessoas de cor que faziam parte da organização, o que diz ter alcançado.
Para continuar no caminho da equidade e inclusão, vai avançar a “Academy Aperture 2025”, descrita como uma iniciativa que descreve objetivos para a composição, gestão e cultura do local de trabalho da Academia.
No que pode alterar a corrida aos Óscares de 2022, a Academia também anunciou a criação de um grupo de trabalho de líderes da indústria que terá até 31 de julho para "desenvolver e implementar novos padrões de representação e inclusão para elegibilidade aos Óscares".
Num sinal de renovação, o Conselho de Governadores também implementou a limitação de mandatos: cada governador pode ser reeleito para um segundo mandato consecutivo de três anos, seguido de dois anos de intervalo até poderem submeter novamente o seu nome, com um limite máximo de doze anos.
Até agora, os membros podiam servir três mandatos consecutivos de três anos, seguidos de um ano de intervalo até poderem submeter novamente o seu nome, sem qualquer limite.
Os membros do Conselho de Governadores, os do comité executivo de cada ramo e funcionários da Academia também terão de frequentar anualmente ações de formação sobre "preconceito inconsciente", que também estarão abertos aos votantes.
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