
Retirado da vida pública desde que o diagnóstico de uma condição de demência colocou fim à sua carreira em março de 2022, Bruce Willis foi recordado num artigo especial da revista Vanity Fair a propósito do 70.º aniversário, festejado a 19 de março.
Uma das pessoas ouvidas foi Samuel L. Jackson, que recordou um conselho que acabou por se tornar muito valioso para a sua carreira: ter um papel seguro a que pudesse voltar quando outros filmes corressem mal.
Os dois coincidiram em "Pulp Fiction", de 1994, mas não tinham cenas em conjunto: foi "Die Hard - A Vingança" que os juntou e era o terceiro filme de Bruce Willis como John McClane. Foi o maior sucesso comercial de 1995.
Samuel L. Jackson recordou o que o colega lhe disse durante a rodagem em 1994: "Espero que consigas encontrar uma personagem a que possas sempre voltar e que toda a gente adora quando fizeres maus filmes e não deem lucro".
E acrescentou: “Ele disse, ‘O Arnold [Schwarzenegger] tem o Exterminador Implacável. O Sylvester [Stallone] tem o Rocky e o Rambo. Eu tenho o John McClane.’ Fiquei tipo, ‘Ah, ok.’".
Quase 15 anos depois, chegou a proposta da Marvel, ainda antes de se tornar o Universo Cinematográfico.
"E não me ocorreu até que consegui o papel do Nick Fury — e tinha um contrato de nove filmes para ser Nick Fury — que, ‘Ah, estou a fazer o que Bruce disse. Agora, tenho esta personagem.'”, contou.
Samuel L. Jackson estreou-se como Nick Fury na cena de pós-créditos de "Homem de Ferro", o primeiro filme do MCU em 2008. Com mais ou menos destaque, regressou para outros dez filmes e três séries, incluindo "Invasão Secreta" em 2023.
Voltou ainda a trabalhar com Bruce Willis em "O Protegido" (2000) e "Glass" (2019), ambos filmes de M. Night Shyamalan.
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